Exemplo
de uma WebQuest - Missão: Compreensão da
Leitura (treino da compreensão da leitura para alunos do 12.º ano) https://sites.google.com/site/missaocompreensaodaleitura/home
Mónica Aresta e
colaboradores, no artigo citado, lembram que o conceito «WebQuest», conceito
também conhecido como «Aventuras na Web», foi criado por Bernie Dodge e Tom
March em 1995, no âmbito do Projecto EDTEC 596 (San Diego State University),
projeto que “visava o apoio e ajuda aos professores na integração das potencialidades
da Internet na aprendizagem dos alunos” (p. 1011). No âmbito desse projeto, o
objectivo era pesquisar toda ou quase toda a informação que se encontrava na
Internet, promovendo no aluno o desenvolvimento da capacidade para resolver
problemas e tomar decisões, podendo ser utilizada em atividades de grupo e como
motivação de aprendizagens que envolvam uma ou mais disciplina. Estes recursos,
clarificam os autores, impelem os alunos a transformar a informação, pelo
traçar de objetivos, pela comparação, pela colocação de hipóteses e pela
pesquisa de soluções. De facto, afirmam, “o aluno envolve-se num alto nível de
cognição que facilita o desenvolvimento de pensamento avançado” (p. 1011).
As WebQuests solicitam
ao aluno a busca de soluções para um determinado problema ou situação
indicando-lhe as fontes a que deverá recorrer para obter respostas. Requerem
esforço de pesquisa, análise e síntese, extraindo o melhor da Internet, ao
indicarem as fontes mais adequadas para determinados conteúdos,
contextualizando-os e orientando a aprendizagem. É também importante o facto de
impedir o aluno de se dispersar em páginas e hiperligações que possam
dificultar a sua aprendizagem (Cruz, 2006; Castro e Tavares, 2005, citados
pelos autores) e aumentar a carga cognitiva.
Se nos recordarmos do
que defendem os construtivistas da aprendizagem, e os defendermos, teremos nas
WebQuests um aliado importantíssimo, pois, como escrevem os autores, “i) existe
um elevado grau de interactividade, o que permite que o indivíduo tenha um papel
fundamental na construção do seu conhecimento; ii) o percurso “cognitivo” (de
conhecimento) de cada indivíduo é diversificado, uma vez que as opções tomadas
nas várias etapas não são repetidas; iii) no computador, é possível simular
diferentes situações da vida real, o que coloca o aprendente perante
experiências concretas de aplicação/de teste do conhecimento (Cruz, 2006)”.
No
processo de criação de uma WebQuest:
Estrutura
de uma WebQuest, de acordo com Bernie Dogde (citado por Mónica Aresta e
colaboradores)
Tarefa –dá
a conhecer ao aluno os propósitos do trabalho e o produto final da atividade.
Processo –
indicação das fases ou etapas a seguir, recursos a consultar, com orientações
mais ou menos pormenorizadas de como realizar a tarefa.
Recursos –
conjunto de fontes de informação que devem ser analisadas considerando a sua qualidade
e quantidade.
Avaliação –
indicação de como o desempenho dos alunos será avaliado, referindo se a
avaliação é de grupo ou também individual; deverá incluir indicadores
qualitativos e quantitativos.
Conclusão –
disponibilização de um resumo da experiência proporcionada pela WebQuest,
salientando as vantagens da realização do trabalho e despertando a curiosidade
para pesquisas futuras.