sábado, 29 de dezembro de 2012

O papel do microensino na supervisão


O autor deste artigo, João Petrica, fala no microensino enquanto estratégia de supervisão pedagógica (diferente, mas aliada, da avaliação, como lembra Stronge, 2010[1]), defendendo que “O sucesso pedagógico e mais particularmente a eficácia[2] do ensino estão relacionados com o domínio de um conjunto de habilidades, ou destrezas de ensino, e com a capacidade para as usar correctamente” (p. 203). O autor, citando Siedentop (1983), refere haver sete modos de praticar o ensino:

§  Praticar sozinho;
§  Ensino com pares;
§  Microensino;
§  Ensino refletivo ou reflexivo;
§  Ensino a pequenos grupos em situação real;
§  Ensino a grandes grupos com tempo reduzido em situação real;
§  Ensino real.

Desenvolver cada uma destas formas permite praticar destrezas de ensino.

(Lembro-me aqui de quando praticava com as minhas bonecas - porque sempre soube que queria ser professora – que modo usava eu na altura?)

            João Petrica considera que o microensino é um “óptimo recurso de aperfeiçoamento didáctico do professor” (p. 206). O autor esclarece que o “ microensino tem sido descrito como um encontro de ensino a baixa escala, desenhado para desenvolver novas competências, habilidades ou destrezas (skills) de ensino e refinar as velhas (Brown, 1978). Como se processa, então, este recurso? A aula é, normalmente, gravada em vídeo e, posteriormente, observada e analisada pelo professor e pelo supervisor. Mais uma vez, as tecnologias ao serviço de uma melhor, mais eficaz, educação.





[1] Stronge, J. H. (2010). O que funciona, de facto, na avaliação de professores. In M. A. Flores (Ed.), A Avaliação de Professores numa Perspectiva Internacional (pp. 22-44). Porto: Areal Editores.
[2] Segundo Jorge Ávila de Lima, eficácia é a capacidade de acrescentar valor (noção de valor acrescentado) aos alunos, para além do previsto inicialmente.

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

A Importância das TIC na Educação Especial


Tal como em todas as outras áreas, também na educação os investigadores têm tentado descobrir como é que a tecnologia poderá ser integrada em contexto de sala de aula, com o objetivo de beneficiar as crianças na aquisição das suas mais variadas aprendizagens. Os computadores são vistos como instrumentos que favorecem a aprendizagem das crianças, dado que constituem uma forte  motivação para lecionar os diversos conteúdos. Em educação especial existem inúmeras ofertas tecnológicas para a inclusão das crianças com algumas limitações, para que, à semelhança das outras crianças, estas possam participar ativamente no processo da sua aprendizagem. Para isso, basta um pouco de vontade e alguma pesquisa. É com esse intuito que a ictecnologias.wordpress.com criou esse espaço de partilha: para poder ser uma fonte de inspiração, para que se criem novas possibilidades e para que o processo de ensino-aprendizagem se torne adaptado e enriquecedor para todos os intervenientes.
“Tendo-se quebrado a tradição asilar estado-novista, a nova perspetiva da educação especial aponta agora para uma educação que possibilita à criança o currículo escolar mais apropriado às características particulares da sua situação. É aqui que as TIC tenderão a desempenhar um papel determinante, pelo conjunto de experiências e vivências que poderão proporcionar aos alunos com NEE, nomeadamente em termos de acesso às capacidades que estes possam ser portadores”.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Tecnologias de Informação e Comunicação e a Escola



Em nautilus.fis.uc.pt/cec/teses/marta/.../TIC%20e%20a%20Escola.pdf, refere-se que, atualmente, Informação e Comunicação são sinónimos de poder: ter a capacidade de comunicar significa poder aceder a informações, e interagir para a obtenção de novos dados, também eles portadores de informação.
O computador e os seus periféricos, designados por Tecnologias de Informação e Comunicação, são, sem dúvida, um meio essencial e privilegiado para aceder, trocar e disponibilizar Informação, reunindo todas as condições do multimédia, para as quais o tempo e a distância deixam de ter significado, pela transmissão praticamente instantânea de dados.
Contudo, não se pense que as T.I.C. substituem a leitura e escrita tradicionais: de certo modo até acentuam a sua importância, já que constantemente se lê e escreve no écran do computador. Simplesmente, moldam-nas a formas mais condensadas e definidas, onde a apresentação do texto adquire uma maior importância.
Além da excelente capacidade de comunicação, as T.I.C. revelam-se igualmente imprescindíveis no tratamento e organização da informação, pela integração de ferramentas relativas ao processamento e tratamento de texto, organização de dados, construção de tabelas, esquemas e desenhos, resolução de cálculos e construção de simulações.
           
Não se pense que as TIC substituem a leitura e escrita tradicionais, alerta-se neste artigo. Gostaria, aqui, de reforçar este alerta. As TIC são um complemento; as formas tradicionais de ensino de leitura e escrita, por exemplo, e nomeadamente com alunos com muitas dificuldades na aprendizagem (por exemplo, com DID), continuam a ser um meio a verdadeiramente (e também) ter em conta.