terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

As redes sociais como potencial educativo


A propósito,

já conhece o Edmodo (Facebook + Foruns (vários) + moodle) (http://ww.edmodo.com/)

 

Patrício Gonçalves, em Facebook: rede social educativa?, citando Pettenati et al. (2006) e  Brandtzaeg et al. (2007), esclarece o sentido de redes sociais ao dizer que são “aplicações que suportam um espaço comum de interesses, necessidades e metas semelhantes para a colaboração, a partilha de conhecimento, a interacção e a comunicação”.

Encontramo-nos numa espécie de auge, como escreve o autor, potenciado pelos jovens – e não só - que, em massa, aderiram a este conceito, nomeadamente ao Facebook. Do Facebook, o autor estende a outras ferramentas de trabalho Web (lembro-me aqui das WebQuests) que permitem “flexibilizar os contextos de aprendizagem, individuais e cooperativos, (…) ensinar alunos a aprender no ciberespaço, a pensar, a cooperar, a partilhar e a construir o seu próprio conhecimento” (p. 593).

À questão: De que forma encaramos estas ferramentas da web 2 no apoio à prática pedagógica? A resposta parece clara, até por aquilo que é dito neste artigo: “As redes sociais representam uma nova tendência de partilhar contactos, informações e conhecimentos” (p. 594). De um modo informal, há um mundo de conhecimentos que é divulgado através destas redes, que, claramente, funcionam como “um espaço de encontro, partilha, discussão de ideias”. Tantas vezes, após o post de alguma notícia, que até nem conhecíamos ainda, são formuladas reflexões, remetidas para outras notícias, para uma qualquer informação adicional. Temos, de facto, de redefinir o conceito de espaço de aprendizagem. Não é o espaço que define o ato de aprender (tradicionalmente conotado com a sala de aula). É o que se aprende. E, sem dúvida, se soubermos triar a informação veiculada na rede social onde nos movamos, podemos aprender muitíssimo e ter acesso a um mundo imenso de informação. Creio, além disse, por experiência própria, que o uso, por exemplo, do facebook nos fornece uma destreza no mundo virtual que depois poderemos transferir para outras ferramentas.

 Em Facebook for Educators, Linda Phillips, Derek Baird e Fogg focam uma outra vantagem (aprendizagem) da comunicação nas redes sociais, que é a educação para a cidadania. O como comportarmo-nos perante os outros, tradicionalmente da responsabilidade dos educadores, aprendizagem que poderá agora ocorrer no local. Aliás, perante alguma forma de comportamento menos correta, o utilizador é de imediato admoestado, nem que mais não seja pelo silêncio das palavras ausentes. Muitas vezes pela multiplicação de palavras.

À questão tudo isto é bom ou mau para os educadores?, os autores respondem que o Facebook pode ampliar a aprendizagem realizada no interior da sala de aula e para além deste espaço, se forem terem tidas em conta algumas linhas, das quais saliento a promoção da boa cidadania no mundo digital e o uso do Facebook como fonte de desenvolvimento profissional. Acrescentaria aqui o papel que o professor não deverá esquecer que mantém, apesar de toda a informalidade que acompanha o mundo das redes sociais. Refiro-me, por exemplo, a indumentárias mais ousadas… 

Os autores referem, como disse, que o Facebook pode ampliar a aprendizagem realizada no interior da sala de aula. De que forma? O Facebook pode proporcionar aos alunos a oportunidade de efetivamente apresentarem as suas ideias, conduzir discussões on-line, e efetivarem uma aprendizagem colaborativa (tão defendida hoje, acrescento). Além disso, o Facebook pode ajudar o professor a explorar os estilos digitais de aprendizagem dos seus alunos.