O autor deste artigo, João Petrica, fala no microensino enquanto estratégia de supervisão pedagógica (diferente, mas aliada, da avaliação, como lembra Stronge, 2010[1]), defendendo que “O sucesso pedagógico e mais particularmente a eficácia[2] do ensino estão relacionados com o domínio de um conjunto de habilidades, ou destrezas de ensino, e com a capacidade para as usar correctamente” (p. 203). O autor, citando Siedentop (1983), refere haver sete modos de praticar o ensino:
§ Praticar sozinho;
§ Ensino com pares;
§ Microensino;
§ Ensino refletivo ou reflexivo;
§ Ensino a pequenos grupos em situação real;
§ Ensino a grandes grupos com tempo reduzido em situação real;
§ Ensino real.
Desenvolver cada uma destas formas permite praticar destrezas de ensino.
(Lembro-me aqui de quando praticava com as minhas bonecas - porque sempre soube que queria ser professora – que modo usava eu na altura?)
João Petrica considera que o microensino é um “óptimo recurso de aperfeiçoamento didáctico do professor” (p. 206). O autor esclarece que o “ microensino tem sido descrito como um encontro de ensino a baixa escala, desenhado para desenvolver novas competências, habilidades ou destrezas (skills) de ensino e refinar as velhas (Brown, 1978). Como se processa, então, este recurso? A aula é, normalmente, gravada em vídeo e, posteriormente, observada e analisada pelo professor e pelo supervisor. Mais uma vez, as tecnologias ao serviço de uma melhor, mais eficaz, educação.
[1] Stronge, J. H. (2010). O que funciona, de facto, na avaliação de professores. In M. A. Flores (Ed.), A Avaliação de Professores numa Perspectiva Internacional (pp. 22-44). Porto: Areal Editores.
[2] Segundo Jorge Ávila de Lima, eficácia é a capacidade de acrescentar valor (noção de valor acrescentado) aos alunos, para além do previsto inicialmente.
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